5º Roteiro - Horta Baleeira

Descrição

Este roteiro revela a influência da caça à baleia no caráter da cidade, seja na memória coletiva e vivência dos faialenses, seja na própria arquitetura.
No séc. XVIII, a Horta torna-se local de paragem para embarcações baleeiras norte-americanas, provenientes nomeadamente de New Bedford, como ponto de reabastecimento de água, alimentos e recrutamento de tripulantes, nomeadamente arpoadores e remadores.
Durante a primeira metade do séc. XIX, o elevado número de embarcações fundeadas na baía da Horta ficou a dever-se, em parte, à família Dabney, que aqui desenvolveu diversas atividades comerciais em torno das necessidades destas embarcações. No final do séc. XIX, é iniciada a prática da caça à baleia na ilha do Pico. Inspirados nos exemplares americanos, os construtores navais açorianos criam o bote baleeiro, hoje considerado um elemento de valor patrimonial inigualável.
Nos anos 40 e 50 do séc. XX, a caça à baleia atinge o seu auge nas ilhas do Pico e do Faial, terminando definitivamente na década de 80 com a proibição desta atividade. A Fábrica da Baleia do Porto Pim, convertida em espaço museológico, ilustra a história da indústria baleeira.
O respeito pelo meio ambiente e pelo legado histórico são visíveis em diversas atividades: nas regatas em botes baleeiros (na Semana do Mar) e na observação de cetáceos (sobretudo, de maio a outubro.
A cidade encontra-se marcada pela denominada arquitetura baleeira, com a presença das torrinhas e gateiras em inúmeros edifícios, assim como pelas grandes residências da família Dabney sob influência da arquitetura americana do séc. XIX.

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