No ano da sua construção em 1894 a Avern, Sons & Barris e Gregório Mascarenhas era uma manufactura. O número de empregados totalizava cerca de 250, o que a tornava uma das maiores manufacturas rolheiras do país. Silves era sem dúvida a cidade capital da transformação corticeira, concentrando cerca de 40% da mão-de-obra nacional (dados do Inquérito Industrial de 1890). O Museu, integrado no complexo da antiga “Fábrica do Inglês” e premiado em 2001 como Melhor Museu Industrial da Europa, abriu as suas portas em 1999. Guarda no seu arquivo o maior acervo documental do mundo sobre a história da indústria corticeira. Do período em que funcionou como manufactura e semi-manufactura (1894 - 1924), para além da sua arquitectura, perduraram in situ algumas estruturas, nomeadamente: caldeiras de cozer e o poço que se encontra no edifício da marisqueira. Õ espólio conta com raros testemunhos em instrumentos de trabalho (facas para várias tarefas, bancadas de trabalho, rebolos para afiar instrumentos de corte e primitivas máquinas). O visitante pode testemunhar algumas raridades dos primeiros esforços de inovação tecnológica, como são o caso das garlopes, das quadradoras manuais ou das contadoras de rolhas, das quais o Museu possui quatro exemplos do século XIX, mundialmente raros. Do período maquinofactureiro (iniciado nos anos vinte do século XX) o Museu possui maior número de evidências. Três dos espaços museológicos ainda conservam in situ larga maioria das máquinas instaladas nas décadas de vinte e trinta, fazendo deste museu um exemplo raro e único para a observação e compreensão da indústria corticeira na região de Silves e em Portugal. Temporariamente encerrado.