O projecto surge em 2006 numa altura em que a produção de cana-de-açúcar crescia de vento em poupa e era preciso encontrar uma resposta que fosse de encontro aos interesses do sector e que permitisse escoar a produção dos muitos agricultores que se dedicavam ao cultivo da cana. Junte-se a isso o carinho especial pelo sector por um dos seus fundadores, herdeiro da família Hinton, antigos proprietários e responsáveis pelo sucesso da “Fábrica do Torreão” e percebemos qual foi a força motriz que dá origem ao Engenho Novo da Madeira. O ENM dedica-se numa primeira fase à produção de Rum Agrícola e Mel de cana-de-açúcar, este último com o intuito de abastecer a gastronomia local. Numa segunda fase, à transformação do Rum agrícola em produtos de valor acrescentado como é o caso dos produtos licorosos ou rums envelhecidos. Atualmente o ENM extrai toda a sua produção de rum agrícola de um alambique centenário, contínuo de coluna baixa, restaurado pela Fabrica do Torreão em 1969 e novamente restaurado/reconstruído pelo ENM em 2007. A empresa tem atualmente duas áreas muito específicas de atuação, a primeira é particularmente virada para o mercado regional ligado às tradições, ao turismo e ao mercado da saudade e, a segunda, para a promoção global do Rum Agrícola da Madeira. O súbito interesse global sobre os rums agrícolas justificado por este ser apenas 5% da produção mundial de rums serve para direcionar e catapultar o Rum da Madeira produzido pelo ENM para a internacionalização. A localização geográfica, o clima, o relevo e a ligação histórica ao sector, fazem do Rum agrícola da madeira produzido pelo ENM, um produto único e do seu envelhecimento, a principal dedicação do ENM.Informação adicional sobre a empresa, a família Hinton, o Rum da Madeira e o ENGENHO NOVO DA MADEIRA:
William Hinton Rum A ilha da Madeira iniciou a cultura do açúcar na mesma altura e ao mesmo da sua colonização em 1425. A família Hinton dominou o sector da cana-de-açúcar durante a segunda metade do séc. XIX e primeira do séc. XX devido à sua desenvolvida unidade industrial que chegou a processar 600 toneladas dia. É ainda uma velhinha coluna do antigo engenho do Hinton que produz atualmente este cuidadoso espírito numa marca recuperada por um familiar direto da família pelo carinho que tinha ao sector. Atualmente a marca além de se dedicar à produção do seu Rum novo está empenhada no seu envelhecimento.
Origem: O cultivo da cana-de-açúcar na ilha da Madeira remonta aos primórdios da colonização e foi tão importante que quase podemos afirmar que faz parte integrante da estrutura genética do povo madeirense. Desde muito cedo se percebeu que este jardim situado no meio do Atlântico reunia as condições excecionais para o plantio da cana e segundo reza a história foi o Infante D. Henrique o responsável pela introdução da cana-de-açúcar na ilha da Madeira, mandando vir as primeiras socas de cana da Sicília, no final do primeiro quartel do século XV. Esta decisão atribui à nossa ilha uma importância estratégica na rota da migração da cana. Não marca apenas a passagem do cultivo da cana sacarina do Mediterrâneo para o Atlântico e o Novo Mundo (as Américas) mas serve efetivamente e literalmente como plataforma de exportação de toda uma série de técnicas, tecnologias e modelos de desenvolvimento socioeconómicos que têm na Madeira a sua génese. Para além das ricas reservas florestais, que proporcionavam a matéria-prima para construção dos engenhos e lenha para alimentar as fornalhas, a ilha da Madeira oferecia ainda uma clima ameno, encostas viradas a sul com uma excelente exposição solar e água abundante para o regadio dos canaviais e laboração dos engenhos. Contudo, dadas as características orográficas e a insularidade territorial, é também importante referir uma outra característica fundamental, a vontade de ferro dos primeiros colonizadores que com muito esforço, suor e dedicação, trabalharam os terrenos e souberam tirar partido da paisagem. Só assim poderiam obter melhores colheitas de cana doce às quais, uma vez transportadas para os engenhos, era retirado o suco posteriormente transformado em açúcar e outros subprodutos como o mel ou a aguardente. Alguns investigadores apontam 1452 como a data da autorização da laboração do primeiro engenho particular movido a água. O crescimento económico providenciado pela transformação da cana em açúcar chegou a ser de tal ordem que, a determinada altura, o espaço agrícola disponível foi quase todo ele destinado ao plantio da cana, prova disso mesmo são as quase 1585 toneladas produzidas em 1510, valores que só voltarão a ser atingidos na segunda metade do século XIX numa segunda fase de afirmação dos canaviais na qual o sub produto aguardente terá lugar de relevo. Na Madeira, a mais antiga referência conhecida à produção de “agoardente” é de 1649. O sucesso da implementação da cultura da cana e construção de engenhos em outras ilhas atlânticas e no Novo mundo teve um efeito perverso pois levou ao declínio da economia do açúcar produzido na Ilha da Madeira. Os canaviais foram desaparecendo das terras e substituídos por vinhedos marcando uma viragem da economia madeirense para o desenvolvimento do sector vinícola. O vinho madeirense desperta o especial interesse dos anglo-saxónicos que, para além de outros tipos de negócio, tornaram a ilha da Madeira num destino turístico de excelência a par de se dedicarem intensivamente à comercialização e exportação deste bem.
Hinton: A comunidade Britânica começa a instalar-se na Madeira a partir do século XVIII criando desde então uma forte ligação a esta Ilha onde viu os seus negócios prosperarem. Não é por acaso que o troço da rua da Alfândega mais próximo do Palácio de São Lourenço se chamou rua dos Ingleses. William Hinton é um destes casos. Com efeito é com alguma naturalidade que em 1838, atraído pelos seus encantos, faz da Ilha da Madeira a sua nova casa nela formando família. Desenvolve um especial carinho pela cultura madeirense e desempenha um papel fundamental na promoção e desenvolvimento da obra de vime e da cultura da bananeira. É contudo no sector Industrial que William Hinton tem um papel mais significativo na sociedade madeirense. Na senda visionária de William Hinton, o seu filho Harry Hinton, ergue a unidade industrial a vapor conhecida, e até hoje lembrada, pelas gentes da nossa terra como o engenho do Hinton, que na fachada principal informava ter sido a Fábrica do Torreão, estabelecida em 1845. Motor de desenvolvimento industrial e fomentador de progresso tecnológico, o engenho, dada a sua dimensão e capacidade de laboração, emprega no início do século XX, 230 trabalhadores. Fruto dos aperfeiçoamentos tecnológicos e dos ensaios de novas técnicas que foram sendo implementadas, a Fábrica do Torreão, atinge em 1920 o seu auge ao conseguir laborar 608 toneladas de cana num período de 24h e assume-se como uma das maiores, senão mesmo a maior unidade industrial de transformação de cana sacarina, no espaço Europeu. Desta transformação da cana obtém-se um sumo – a garapa –, que no engenho do Hinton atingia um elevado nível de pureza. Sucedia-se o processo da sua fermentação que a transformava no chamado vinho de cana depois destilado para a obtenção da aguardente. Assim nasce o rum agrícola da madeira. Tal foi o impacto deste bem que, na primeira metade do século XX, a ilha da Madeira era conhecida como a ilha da aguardente. No presente pouco ou nada resta das instalações da Fábrica do Torreão, visto que esta foi alvo de uma demolição para dar lugar ao Jardins de Santa Luzia onde ainda hoje é possível admirar a imponente chaminé do antigo engenho.
Traductions par
Produits
RUM WILLIAM HINTON 6 ANOS: Ingredientes: Rum da Madeira
Informações Técnicas: - apresentado em embalagens de 700 mL - com graduação alcoólica de 40% vol
Características do Produto: - Este rum apresenta uma cor castanha ligeiramente escura. Apresenta-se no nariz com uma complexidade fantástica. Sobressaindo notas amadeiradas, frutos secos e baunilha. A sua entrada na boca é ligeiramente doce, com uma acidez equilibrada. Destacando- se o sabor a madeira e equilíbrio a frutos secos permanente. LICOR RUM WILLIAM HINTON MEL DE ABELHAS: Ingredientes: - Rum da Madeira, mel de abelhas e infusão de plantas aromáticas
Informação técnica: - apresentado em embalagens de 700 ml - com graduação alcoólica de 23% vol
Características do Produto: Produto de aspecto límpido, sem depósitos e de cor âmbar de brilho dourado. Do seu aroma destaca-se o seu aroma floral com notas a mel de abelhas, citrinos e especiarias. Na boca apresenta-se adocicado com notas a mel de abelhas, rum e carvalho. MOOT William Hinton: Vermute de Vinho Madeira meio-doce Ingredientes: Vinho Madeira, água, álcool, especiarias e plantas aromáticas.
Informações técnicas: - apresentado em embalagens de 750 ml - com graduação alcoólica de 14.5% vol
Características do Produto: - O vermute meio- doce MOOT, é um produto cuja base é um Vinho Madeira envelhecido com uma maceração de plantas aromáticas típicas da Ilha da Madeira e algumas especiarias. É um produto verdadeiramente madeirense, perfeito para todas as ocasiões, refrescante e versátil. Deve ser servido com gelo e limão, ou como inspiração para cocktails.