Costa Norte

Description

Estamos na costa ocidental do Concelho de Vila do Bispo, que é conhecida, localmente, como Costa Norte. Desenvolve-se do Cabo de São Vicente até à Praia do Murração. 
É uma zona de excelência para a apanha de perceves (o marisco local mais conhecido). Esta atividade é tradicional, passada de geração em geração e Vila do Bispo é um dos poucos locais em Portugal onde existem mariscadores profissionais. 
Por outro lado, as águas do concelho de Vila do Bispo são extraordinariamente ricas nos mais variados tipos de peixes, crustáceos e moluscos. Entre as diversas espécies capturadas destacam-se, por exemplo, a abrótea, a anchova, o atum rabilho, o besugo, o burgau/burrié, a buzina, o cantarilho, o carapau, a cavala, o cherne, o choco, o congro/safio, a corvina, a dourada, o espadarte, a garoupa, o imperador, a lagosta, o lagostim, a lapa, o lavagante, o linguado, a lula, o mero, o mexilhão, a moreia, a navalheira, o pargo, a pata-roxa, a pescada, o peixe-aranha, o peixe-espada, o peixe-galo negro, o perceve, o polvo, a pota, a raia, o rascasso, a raia morcego, o robalo, o ruivo, a salema, o salmonete, a santola, a sapateira, a sarda, a sardinha, o sargo, o sável, a solha, a tainha, o tamboril e a tintureira.
Grande parte destas espécies aparece referenciada em registos arqueológicos e documentais do passado. São os casos dos perceves (associados a uma sepultura coletiva pré-histórica de Vila do Bispo), das cavalas e das sardinhas (associadas à exploração piscatória romana na Boca do Rio) e do atum (associado às armações quinhentistas de pesca existentes em Burgau, na Boca do Rio, no Zavial e em Sagres). A variedade, abundância e qualidade do pescado e do marisco de Vila do Bispo são exaltadas em fontes documentais algarvias do Século XVI.
Atualmente, a excelência das águas costeiras deste território fazem delas um local adequado para a Ostracultura.

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