Ilha do Farol, Faro, Portugal

Description

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A Ilha do Farol deve o seu nome ao facto de nela estar localizado o farol do Cabo de St.ª. Maria.

Os 220 degraus que é necessário vencer para chegar ao cimo do Farol do Cabo de Santa Maria, na Ilha da Culatra, em Faro, podem ser desafiantes para muitos. Ainda assim, os que se propuserem a fazer o esforço de os subir certamente se considerarão recompensados a partir do momento em que saírem para o varandim, situado a cerca de 46 metros de altura e com um alcance de 25 milhas, e desfrutarem da vista desafogada e única sobre o mar, a Ria Formosa, mas também sobre Faro.

Este farol é visitável anualmente às quartas feiras  sendo alargado o periodo de visitas durante a época balnear.

O acesso à Ilha do Farol faz-se apenas por barco.

Existem ligações desde Faro, durante todo o ano, a partir do Cais da Porta Nova (Portas do Mar). Durante este transporte, de aproximadamente 40min, pode apreciar a beleza da Ria Formosa bem como a fauna diversificada que habita nesta área protegida.

A Praia do Farol, apesar da sua ocupação urbana e turística, conta com um extenso areal que, para nascente, se vai tornando gradualmente mais tranquilo.

Esta área balnear dispõe de um posto de primeiros socorros, um apoio balnear e dois apoios de praia. O serviço de nadadores salvadores encontra-se assegurado em dois postos de praia.
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Ilha do Farol

Informations environnementales

Superficie : Parque Natural da Ria Formosa
Date du classement : Decreto-Lei nº 373/87, de 9 de dezembro
RèglementO Decreto-Lei nº 373/87, de 9 de dezembro, criou o Parque Natural da Ria Formosa traçando-lhe como objetivos primeiros a proteção e a conservação do sistema lagunar, nomeadamente da sua flora e fauna, incluindo as espécies migratórias, e respetivos habitats.
Patrimoine NaturelO Parque Natural da Ria Formosa caracteriza-se pela presença de um cordão dunar arenoso litoral (praias e dunas) que protege uma zona lagunar. Uma parte do sistema lagunar encontra-se permanentemente submersa, enquanto que uma percentagem significativa emerge durante a baixa-mar. A profundidade média da laguna é de 2 m.
Este sistema lagunar de grandes dimensões – estende-se desde o Ancão até à Manta Rota – inclui uma grande variedade de habitats: ilhas-barreira, sapais, bancos de areia e de vasa, dunas, salinas, lagoas de água doce e salobra, cursos de água, áreas agrícolas e matas, situação que desde logo indicia uma evidente diversidade florística e faunística.
Faune & FloreFLORA

Vegetação dunar
As condições de formação e a dinâmica geomorfológica das dunas revelam que estas são estruturas instáveis. A proximidade do mar atua como fator fortemente seletivo na instalação e crescimento da sua vegetação. Aparentemente simples, este meio é, na realidade, deveras complexo e precário. Não é por acaso que, no lado virado ao mar, se observa tão grande pobreza florística, visto que as plantas costeiras estão sujeitas a ventos fortes carregados de partículas de sal, a luminosidades excessivas, a amplitudes térmicas que vão do sol escaldante do verão ao frio cortante do inverno. Isto provoca apreciável transpiração na planta, o que, conjugado com a grande permeabilidade do solo dunar que deixa infiltrar rapidamente a água que nele cai, irremediavelmente a condena a um ambiente hostil de xerofitismo, ou seja, a um ambiente em que prevalecem as condições de secura. A esta é preciso resistir, para sobreviver. E, na verdade, as plantas psamófitas, que vivem nas areias, sobrevivem porque desenvolveram adaptações mais ou menos profundas que impedem sobretudo as perdas excessivas de água. Todavia, não é só contra a dessecação que a planta luta; ela tem também que fazer frente ao soterramento, quando os ventos fortes ou constantes, vindos do mar, empurram as areias da praia para o interior.
A primeira duna que se nos depara, chamada anteduna ou duna avançada, relativamente baixa e bastante instável, mostra, na parte virada ao mar e quase ao limite superior das marés, uma associação de Cakile maritima e Salsola kali; já mais para o topo, feno-das-areias Elymus farctus e, por vezes, a morganheira-das-praias Euphorbia paralias  e E. peplis. A vegetação nesta estreita faixa está muito espaçada e o vento movimenta facilmente as areias, que arrasta para o interior. Não obstante a curta distância transposta, o novo local onde elas se depositam é mais acolhedor, sofre menos severamente os efeitos do vento e a aragem chega menos salgada. Criam-se condições, se não favoráveis, pelo menos menos desfavoráveis à fixação de outras plantas, que por sua vez, vão, por modos diversos, reter mais areias. Juntamente com o feno-das-areias Elymus farctus surge agora a outra grande edificadora de dunas e pioneira na sua colonização: a Ammophila arenaria, vulgarmente chamada estorno. Acompanham-na ainda a morganheira-das-praias Euphorbia paralias e já podem aqui ver-se os cordeirinhos-da-praia Otanthus maritimus. Assim cresce a duna, com composição florística mais rica e variada.
Atingido o topo podem encontrar-se a soldanela ou couve-marinha Calystegia soldanella, cujas sementes, bastante pesadas, se enterram facilmente, desta forma compensando fatores adversos à sobrevivência da espécie, o Lotus creticus, o cardo-marítimo ou rolador Eryngium maritimum, a granza-da-praia Crucianella maritima, o narciso-das-areias Pancratium maritimum, a par com o estorno Ammophila arenaria que, aliás, cresce um pouco por todo o lado, em povoamentos mais ou menos densos, conforme a área em que se estabeleceu.
Na face interior desta duna e no interdunar que se lhe segue, em terreno já definitivamente fixado, ao lado de algumas das espécies já citadas outras se vêm juntar à lista de psamófitas, nomeadamente, a perpétua-das-areias Helichrysum italicum, Pseudorlaya pumila, Thymus carnosus, Armeria pungens, a madorneira Artemisia campestris ssp maritima, Anthemis maritima, Corynephorus canescens, Linaria polygalifolia ssp lamarckii e L. pedunculata, Reichardia gaditana ou Silene niceensis, isto para mencionar apenas as mais abundantes ou conspícuas. Não será demais salientar que Thymus carnosus é um endemismo português, e apenas  observável no Alentejo e no Algarve. É aquele pequeno tufo verde escuro, de porte amoitado, que, mais do que qualquer outra planta das dunas, quando esmagado deixa à sua volta um intenso e agradável perfume um tanto semelhante ao da lavanda.
As areias fixadas do interdunar oferecem boas condições para o crescimento de plantas prostradas, de sistema radicular bastante curto, folhas em regra pequenas, que se espalham em amplas manchas arredondadas. São exemplos a erva-prata ou erva-dos-unheiros Paronychia argentea, Ononis variegata, Medicago littoralis, Polygonum maritimum ou Hypecoum procumbens, outra espécie que ocorre apenas no Algarve. No limite para o sub-bosque salientam-se o morrião-grande Anagallis monelli, bonita prostrada de flores intensamente azuis, a ansarina-dos-campos ou avelino Linaria spartea, Scrophularia frutescens, Cleome violacea, a erva-pombinha ou correjola Corrigiola litoralis, a condrilha de Dioscórides Aetheorhiza bulbosa e Pycnocomon rutifolium, esta também confinada ao Algarve e alguns poucos mais locais da Europa mediterrânica.


FAUNA

À diversidade de comunidades vegetais corresponde uma abundância faunística que constitui um dos aspetos notáveis da Ria Formosa, destacando-se a avifauna, onde se incluem numerosas espécies consideradas ameaçadas, um dos principais interesses da conservação da natureza.
Muitas espécies de aves aquáticas migratórias, provenientes do norte da Europa passam aqui o inverno ou utilizam a Ria como ponto de escala na sua rota rumo a zonas mais meridionais. De entre as espécies invernantes mais relevantes podem destacar-se anatídeos como o pato-real Anas platyrhynchos, a piadeira Anas penelope, o pato-trombeteiro Anas clypeata, o marrequinho-comum Anas crecca e o zarro-comum Aythya ferina e das limícolas destacam-se o borrelho-de-coleira-interrompida Charadrius alexandrinus, o borrelho-grande-de-coleira Charadrius hiaticula, a tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola, o fuselo Limosa lapponica, o milherango ou maçarico-de-bico-direito Limosa limosa, o maçarico-real Numenius arquata, o alfaiate Recurvirostra avosetta, o perna-longa ou pernilongo Himantopus himantopus, o pilrito-pequeno Calidris minuta e o pilrito-comum ou de peito-preto Calidris alpina.
Merece destaque o Camão ou Galinha-sultana Porphyrio porphyrio, espécie emblemática do Parque, sendo que, devido à crescente proteção e estudo desta espécie, os efetivos populacionais desta têm aumentado nos últimos anos.
Merecem também destaque a colónia de Garça-branca-pequena Egretta garzetta, tendo o Colhereiro Platalea leucorodia também nidificado em alguns anos; e as populações de Cegonha-branca Ciconia ciconia. A população de Andorinha-do-mar-anã Sternula albifrons, uma espécie em declínio na Europa, nidifica nas dunas e salinas da Ria Formosa, representa 40% dos efetivos totais populacionais de Portugal.
Aves de rapina são pouco frequentes, mas durante as épocas de migração e no inverno encontram-se a caçar por toda a área, tartaranhões como o tartaranhão-azulado Circus cyaneus e o tartaranhão-caçador Circus pygargus; o búteo ou águia-de-asa-redonda Buteo buteo e vários falcões como o falcão-peregrino Falco peregrinus e o peneireiro-vulgar Falco tinnunculus. Assim como algumas rapinas noturnas a coruja-do-nabal Asio flammeus, a coruja-das-torres Tyto alba e a coruja-do-mato Strix aluco.
É de salientar a importância da Ria no ciclo de vida de numerosas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, principalmente como zona de reprodução e alimentação. As comunidades bênticas, com composição variando desde as espécies nitidamente marinhas a outras próprias do sistema lagunar, apresentam populações extremamente numerosas e, algumas das quais de interesse económico, caso da amêijoa-boa Ruditapes decussatus, do berbigão Cerastoderma edule e do lingueirão Ensis siliqua. Da ictiofauna estão identificadas 65 espécies, que se dividem em sedentárias, ocasionais e as migradoras-colonizadoras; sendo de entre estas, as de maior interesse económico a dourada Sparus aurata, o sargo Diplodus sargus, o robalo Dicentratus labrax, o linguado Solea senegalensis e a enguia Anguilla anguilla.
Nos répteis há que salientar a ocorrência do camaleão Chamaeleo chamaeleon, espécie ameaçada de extinção e cuja distribuição em Portugal está confinada ao litoral do Sotavento do Algarve, nos pinhais da orla continental e nas ilhas-barreira.
Dos mamíferos existentes podem-se destacar a lontra Lutra lutra, o sacarabos Herpestes ichneumon, a geneta Genetta genetta, a fuinha Martes foina, o texugo Meles meles e a raposa Vulpes vulpes.
Ayez les bons gestesCÓDIGO DE CONDUTA E BOAS PRÁTICAS DOS VISITANTES DE ÁREAS PROTEGIDAS
- Respeite os modos de vida e as tradições locais
- Respeite os habitantes locais
- Respeite a propriedade privada, feche as cancelas caso surjam durante o percurso
- Evite barulha e atitudes que perturbem a paz local
- Mantenha-se a distância dos animais, não os alimente, observe-os com binóculos
- Não apanhe plantas, nem recolha amostras geológicas, deixe que os outros visitantes também possam contemplar a sua riqueza
- Tire apenas fotografias, elas funcionam como memória dos bons momentos passados e registam a beleza da paisagem
- Respeite a sinalização da Área Protegida
- Os percursos deverão ser utilizados por pequenos grupos de cada vez, o excesso de visitantes pode causar a erosão dos mesmos e a destruição da vegetação
- Não faça lume, utilize lanternas e traga roupa adequada para se aquecer
- Cada visitante é responsável pelo lixo e detritos produzidos, deposite-os nos locais apropriados
- Contacte as autoridades locais sempre que detete alguma irregularidade.

PARA A SUA SEGURANÇA
- Siga pelos trilhos sinalizados
- Os picnics deverão ser feitos nos parques de merendas disponíveis nas Áreas Protegidas, por isso antes de iniciar a sua visita conheça a sua localização
- Para cozinhar utilize fogareiros próprios para acampamentos usando o espaço dos parques de merendas
- Acampe apenas nos locais autorizados
- Cuidado com o gado, embora manso não gosta de aproximação de estranhos às suas crias
- Pratique actividades de tuirsmo de natureza nos locais autorizados e com todas as condições de segurança, faça-se acompanhar por empresas animação turística devidamente credenciadas
- Não se esqueça que, por vezes, o mesmo percurso pode estar a ser utilizado por visitantes que se deslocam a pé, a cavalo, de bicicleta ou em veículos motorizados, pelo que apelamos ao respeito mútuo e ao bom senso.

DESFRUTE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS LOCAIS
- Informe-se sobre os vários aspetos da Área Protegida que visita, deslocando-se às suas estruturas de apoio (Centros de - Interpretação e Pólos de Recepção) ou aos postos de Turismo locais
- As Áreas Protegidas são locais privilegiados para realização de atividades de animação e lazer. Sugerimos que procure os serviços prestados pelas empresas com atividades reconhecidas como Turismo de Natureza em www.icnf.pt ou www.turismodeportugal.pt
- Desfrute dos serviços locais de hospedagem
- Promova o desenvolvimento local, adquirindo produtos tradicionais
- Aproveite a oportunidade para conhecer os sabores da gastronomia local

NOTA:
De acordo com o n.º 5 do RCM n.º 51/2015, de 21/07, a estratégia de implementação do Programa Nacional de Turismo de Natureza (PNTN) consagra a integração e sustentabilidade dos seguintes vetores: Conservação da Natureza, Desenvolvimento Local, Qualificação da Oferta Turística e Diversificação da Oferta Turística.
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Carte

Latitude:
36.971233
- Longitude:
-7.862376

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