Rua de Lisboa, Mindelo, Cap-Vert

Description

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Rua de Lisboa, principal rua da cidade, que ligava a Alfândega Velha e o Comando Militar (atual Palácio do Povo), já teve vários nomes, que refletem as mudanças políticas na ilha. Antes da República: Rua dos Navegadores e Rua Dom Carlos (1895); antes da Independência: Rua de Lisboa (1910) e Rua Roberto Duarte Silva (1938); depois da Independência: Rua Libertadores de África (1975) e, posteriormente, Rua de Lisboa (por imposição popular).
 
Começou a tomar características de uma rua principal só depois da Primeira Guerra Mundial. Antes era ocupada, maioritariamente, por alpendres, casebres e oficinas e, somente se tornou o que é, hoje, depois da Segunda Guerra Mundial. Foi sempre uma rua de negócios e comércio, mas com poucos moradores, o que se verifica até hoje. É a rua dos grandes acontecimentos, dos atos de abertura e de encerramento de campanhas eleitorais, local de bancadas “VIP” para os ilustres da ilha e do Governo, aquando dos desfiles de Carnaval e, de concertos na passagem de Ano. Nesta rua, encontra-se de tudo, desde instituição bancária, drogarias, lojas, bares, cafés, restaurantes, farmácias, agência de viagem, mercado municipal e o Palácio do Povo.
 
Começa na junção da Rua da Praia e da Avenida Marginal, onde se encontra, do lado direito, a Biblioteca Municipal e a Alliance Française e, do lado esquerdo o Centro Cultural do Mindelo (Alfândega Velha). Essa área faz fronteira com a Rua Santo António, no edifício do BCA e, a Avenida 5 de Julho, na Pensão Chave de Ouro.
 
Edifícios que fazem parte da rua:
 
Residencial Mindelo - antiga Casa Madeira e Union Bazar. Este edifício, como quase todos os da rua, sofreu grandes transformações, ao longo dos tempos. A Union Bazar, no rés-do-chão, era uma casa comercial que abastecia artigos diversos aos passageiros em trânsito, em São Vicente e, no primeiro andar, uma Casa de Chá. A Casa Madeira pertenceu à família Madeira, que estabeleceu nesse espaço, a sua primeira firma em São Vicente, em 1865, com uma área comercial, no rés-do-chão e, a residência da família, no primeiro andar. O edifício foi vendido pelo Sr. Manuel Gomes Madeira, em 1975, aquando da Independência, quando decidiu ir viver em Portugal. Comprado pelo Sr. Djibla (Daniel Mascarenhas), conhecido grande comerciante e fotógrafo mindelense, o edifício foi totalmente demolido, em 1996 e, no seu lugar foi construído um novo edifício, onde desde 2006 funciona a Residencial Mindelo, com nove quartos e duas suites;
 
Café Royal - o famoso Café Royal serviu de palco à nossa grande cantora Cesária Évora e à pianista Tututa Évora, que foram duas grandes artistas da nossa cidade, ambas falecidas. O primeiro edifício construído no terreno foi demolido, em 1922, por ter sido considerado perigo público. O novo projeto da Firma Levy & Irmãos, que foi aprovado, em 1925, comportando três pisos, foi sofrendo alterações até a sua construção. O edifício passou a pertencer à firma JBC, que o transformou em café e moradias para arrendamento e, assim surgiu em 1947, o famoso Café Royal, que a partir de 1976 passou a ser explorado pelo Sr. Tchunass até ao seu encerramento em 2003. Foi demolido e, no seu lugar foi reconstruído um novo edifício, que pertence a um empresário espanhol, o qual conservou somente a fachada, visto que o interior foi totalmente modificado, passando a ser hotel/residencial, com um bar/café que faça lembrar o antigo Café Royal;
Casa César Gil/Café Lisboa - construída em 1905 tendo como proprietário o Comerciante César Gil que morava no primeiro andar e, tinha o seu estabelecimento comércial, no rés-do-chão. Ainda hoje encontra-se na posse da família.
A cave e a parte traseira do edifício passaram a funcionar em 1991???? como restaurante/bar/pizzaria “Fund´Mar”, tendo sido remodelado o primeiro andar em 2010; como o nome sugere, a sua decoração é feita a imitar grutas do fundo do mar. Anteriormente, funcionava no primeiro andar o Restaurante/marisqueira Nella´s, que tinha como maior atracão o famoso violinista Malaquias (Malaka), já falecido.
 No rés-do-chão funciona, há vários anos, o “Café Lisboa” explorado pelo conhecido Alberto Gomes, Guineense de ascendência cabo-verdiana que foi jogador profissional, tendo-se destacado por representar o Sport Club Benfica de Lisboa e a seleção portuguesa de futebol. O seu percurso futebolístico e a história do Café podem ser vistos nas paredes do estabelecimento, com as fotografias de diferentes personalidades, artistas e políticos de diversas gerações que já passaram por lá. Ao lado funciona a “Boutique Giselle” de Gisela Mariano, uma Mindelense ex-modelo em Portugal. Essa Boutique é, também, uma referência para os turistas que lá vão comprar “souvenir”;
 
Mercado Municipal (1930-1933) – já descrito;
Ex-Casa Marçal - atual Farmácia Higiene, Hortocarnes e Dantas & Dantas. O edifício foi construído, em 1915, pelo comerciante Marçal e, até hoje, não houve mudança na sua arquitetura. O primeiro e segundo andares e parte do rés-do-chão pertencem à Firma Dantas & Dantas e a outra parte, encontra-se dividido, entre a Farmácia Higiene e a Hortocarnes;
• Palácio do Governo (1858-1874) - atual Palácio do Povo (já descrito);
Café Algarve/Fénix - em 1929 foi formulado um pedido de licença à Câmara Municipal, pelo dono Alfredo Silva Monteiro, para edificar esses edifícios, somente no rés-do-chão, para comércio, habitação e armazém.   Em 1949 com a compra dos edifícios pela firma Machado & Jesus, Lda., de Manuel Madeirense e Rui Machado, estes pediram licença para terminar o prédio, agora com dois pisos. O primeiro andar passou a ser moradias e, no rés-do-chão, Café e Pastelaria Algarve do Sr. Francisco Silva, em 1983, e Loja Fénix, que atualmente foi transformada numa loja chinesa;
Casa do Leão - construída na década de cinquenta do século XX, existia antes um outro edifício, onde funcionava uma padaria. Em 1963, o edifício sofreu uma grande transformação e, ganhou a composição com que se apresenta hoje. A Casa do Leão – Nunes Leão & Companhia Lda. abriu falência há alguns anos, estando o edifício fechado;
Casa Cohen – atual Katem. O edifício, que era propriedade dos Cohen, foi construído na década de trinta do século XX. Atualmente, existe um café no rés-do-chão e alguns escritórios privados e, no primeiro andar, outro bar no lugar da discoteca Katem. Esta entrou em funcionamento, na década de oitenta, tendo sido uma das primeiras discotecas da cidade;
 
Café Portugal - Construído em 1928, sofreu transformações em 1939, sendo o dono, o comerciante Alfredo Miranda. Um dos poucos edifícios de três pisos da rua, onde funcionou durante 60 anos, o Café Portugal, um negócio familiar pertencente ao empresário José Almeida, que acabou por encerrar, em 2012.
Edifício da Casa Benvindo – construído em 1914, por António Vitorino Rendall, foi sofrendo transformações ao longo dos anos, com inclusão de janelas, varanda e elementos da fachada. O edifício pertence aos herdeiros do médico cabo-verdiano, António Morais. Desde 1962, no rés-do-chão, funciona a “Casa Benvindo”, que se encontra ainda aberta, pertencente à mesma família, tendo há vários anos mudado do tradicional negócio de venda de tecidos para venda de artesanato local e do continente africano;
Edifício da Farmácia do Leão - o edifício original pertencia à família Rendall e, foi um dos primeiros a ser construído na rua. Era constituído, somente, pela parte de frente do edifício atual, onde funciona a Farmácia. Foi comprado, em 1986, aos herdeiros de Luiz Cândido Monteiro, pela firma Drogaria do Leão – Nunes Leão & Companhia Lda.,  que abriu no espaço, essa Farmácia, uma das primeiras de Mindelo. Em 1988-1989 foram feitas alterações ao edifício, com expansão de mais um edifício de três pisos, na parte traseira e foram feitas alterações na fachada. Este novo edifício comporta, moradias nos pisos superiores e, farmácia e escritórios, no rés-do-chão. Em 2010, foram feitas novas alterações e toda a parte residencial do edifício foi transformada em escritórios. O edifício original mantém os seus traços antigos, mas foram-lhe acrescentadas varandas e modificadas as portas e janelas;
Casa dos Rendall - edifício pertencente à família Rendall, era dividido em duas moradias, no primeiro andar e comércio no rés-do-chão, onde funcionou a Farmácia Vieira e, também, a loja “Bom Marché”, propriedade de um Pastor Inglês. Foi comprado pela firma Drogaria do Leão – Nunes Leão & Companhia Lda., nos anos oitenta do século XX. O edifício sofreu grandes transformações, para novos comércios que depois foram encerrados, passando a ser armazém e montra de produtos da Drogaria do Leão e, no espaço contíguo, uma loja chinesa.
Traductions par
Traduction/Translation: Google Translate

Galerie

Carte

Latitude:
16.886600
- Longitude:
-24.987726

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